Teu Olhar
A meiguice do teu olhar
É como o encanto silente
Do cair das folhas no outono.
Fitá-lo, mesmo de relance,
É tal qual embriagar-se
Do néctar sutil e místico
De chuvas de raios cintilantes.
Cruzá-lo mais de uma vez
É enveredar-se por labirintos.
É vagar por caminhos imprevisíveis
Em direção ao universo cósmico.
Senti-lo, é reconhecer-se cúmplice
Da sua dialética murmurante
Ou tornar-se desprezível
Ante o eco do seu silêncio.
Robério Matos
Enviado por Robério Matos em 20/06/2006
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