Para começar...
Ela pensa em quantos lares visitou
Que em nenhum deles se encontrou
Recentemente esteve no mundo de um homem viril
Mas, amor de verdade não sentiu
Em alguma estrada ficou o coração
No início, vivia em constante explosão
Há quanto tempo, nem se lembra mais
Sente esta tristeza que não sai?
Com um pouco de razão, já compreende
Pessoa feita não existe nem se vende
Alegria se constrói, e com tanta dor
Hoje valora que não é fácil o amor
Sempre precisou de um braço amigo
Mas se entregava, sempre ao primeiro, com o coração indeciso
Provou com amargor as primeiras dificuldades
Desistia logo de investir na felicidade
Tanto esperou, que agora só espera
No outono o verão, no inverno a primavera
São dois momentos, mas cada mês é um eterno
E a solidão um firme e sólido concreto
Agora que já não sabe amar as grandes paixões
Sente poder amar sem impor condições
Quer aprender a sonhar, mas para começar
Pela primeira vez quer se doar e acreditar...