Para começar...

Ela pensa em quantos lares visitou

Que em nenhum deles se encontrou

Recentemente esteve no mundo de um homem viril

Mas, amor de verdade não sentiu

Em alguma estrada ficou o coração

No início, vivia em constante explosão

Há quanto tempo, nem se lembra mais

Sente esta tristeza que não sai?

Com um pouco de razão, já compreende

Pessoa feita não existe nem se vende

Alegria se constrói, e com tanta dor

Hoje valora que não é fácil o amor

Sempre precisou de um braço amigo

Mas se entregava, sempre ao primeiro, com o coração indeciso

Provou com amargor as primeiras dificuldades

Desistia logo de investir na felicidade

Tanto esperou, que agora só espera

No outono o verão, no inverno a primavera

São dois momentos, mas cada mês é um eterno

E a solidão um firme e sólido concreto

Agora que já não sabe amar as grandes paixões

Sente poder amar sem impor condições

Quer aprender a sonhar, mas para começar

Pela primeira vez quer se doar e acreditar...

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 22/06/2006
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