Doce afeto...

Arde em meu peito um desatino

Desses que machucam... Mas não dói

Tendo-te aninhado em meu destino

Num amor que a cada dia se constrói

Na forma do querer mais cristalino.

Meus lábios balbuciam o teu nome

Como a canção mais linda e sonora

O olhar, sem um pisco, te consome,

Guardando a bela imagem que adora

Saciando por instantes sua fome.

Nem mar, nem céu, nem vasto horizonte,

Igualam-se ao tamanho desse afeto,

Que em mim achou, fiel e doce amante,

Do sonho mais divino e concreto

De sempre a seu lado, perto ou distante,

De o seu amor eu ser o objeto.