Em Meus Delírios Por Você

Meio a delírios me achei

Em paz, o teu peito calado

O meu tão tanto que nem sei

Mas me encontrei acorrentado.

Preso, o tempo me era, então,

Companheiro nas noites frias

Onde julguei o vinho e o pão

Que em nós, pra mim, ainda existia.

O meu delírio, hoje eu sei,

A mente aberta, a culpa, a fé, enfim,

No amor e outros que pensei

Me foram um passo além do fim.

Novamente me libertei

Com palavras-chave de paz

E todo o sangue eu guardei

Julguei: por ora, satisfaz...

Voltei aos céus em teu regaço

Um teu abraço, um sol nascendo,

De encontro ao meu outro pedaço

Que em ti marcou, me contorcendo.

Nestes delírios, preso, fui

No céu, no inferno, ao nada e em mim

Vi que o meu rio ainda flui

E se prolonga vosso fim.

No meu descanso merecido

Ao fim da guerra em que estive

Nada, nada me foi esquecido

E o sentimento, vi, ainda vive.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 29/09/2009
Reeditado em 29/09/2009
Código do texto: T1837799
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