Viagem

Eu andava triste

com os meus tropeços previsíveis,

revivendo verdades que nada me dizem.

Com os pés no deserto

e a cabeça tão perto do mais longe possível.

Mas não parava de andar,

com a esperança entre os dentes,

antevendo minha redenção

como um brilho de fogo aceso,

como água que penetra no chão.

Eu sozinho e sem medo...

Mentiras, manias, segredos...

E a tristeza que era tão companheira

sobrevoava infernos coração a dentro.

Eu não era um passageiro

de uma viagem sempre em circulos.

Eu sozinho, sem amigos...

O amor, as dores, os vícios...

E a tristeza que não era passageira

agora viaja sempre comigo.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 23/10/2009
Reeditado em 13/09/2011
Código do texto: T1883635
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