O amor , a Noite

O amor

O verdadeiro amor não conheceu e, se conheceu, o

está crucificando entre o crepúsculo e a aurora

matinal. Amar é um verbo que desejaria ter conjugado.

Errou, e o erro que não é puro, está lhe cravando

um punhal pelas costas. Fora traído e apunhalado pela essência da rósea maçã que hoje apodrece pela ação do tempo, que não vacilou em passar.

A noite

Vaga sonâmbulo e solitário nas ruas desertas e nos

becos tristes. As avenidas e as moradias dormem ou

sustentam suas pálpebras sonolentas pelo

cansaço de um dia ceifado pelo crepúsculo que foi

mais forte e o venceu.

Valter Figueira
Enviado por Valter Figueira em 06/07/2006
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