Estranhos poderes

Eu sempre quisera ver-te

como te vês teu destino;

ver no mundo os muitos signos

que vigiam, sob as coisas,

teus lúdicos amanhecer e ideal.

Sentir-te sob a forma, tuas formas

e os segredos da matéria de teu pudor,

mais a textura que, suponho,

componha a tua formosura carnal.

Ver-te na vida em plenitude

e em teu mistério mais recôndito

decifrar a linha, a sombra tênue.

A mensagem inaudível,

mas que palpita sobre a terra

onde regas a semente de teu futuro.

No teu quotidiano

eu pejo chamar-te de querida.

Por quando durar a minha vida

ainda sonho ser teu dono.

Entretanto, não como imaginam

os senhores com suas concubinas.

Eu quisera ser os olhos

que assim penetram teus pensamentos

e os contornam de inolvidáveis momentos.

Tu, amável e singular pessoa

que além de doçura, exprime, entoa

um plausível conhecimento humano.

Cid Rodrigues Rubelita
Enviado por Cid Rodrigues Rubelita em 06/07/2006
Código do texto: T188759