Proibido

Outro dia,

Numa tarde quente que se fazia

(talvez, retilínea, retoricamente)

A expressão do toque

Ouvia uma expressão latente

De um certo pensamento contundente

Que nos conduzia...

Era das mãos

Que se falava: contornadas

De uma beleza, quisera,

Escondida ou retraída

Porque se devia assim

... se queria!

Mesmo que o pensamento

Momentâneo

Quisesse conduzi-las

Ao pecado doce

De um proibido toque

Apenas um que fosse.

Mas a retórica parcial, assumida

Não permitia o delito

Porque as mãos do outro dia

No fim do dia,

Acolhiam o amor

Em nós, abrasado.

Assim,

O toque querido

Ficará guardado

Continuará querido

Proibido!

... mas desejado.