Talvez um amanhã
Estava olhando nossas fotos e recordações
Desejando ficar presa naquele sorriso
Naquele olhar, tão decifrável
Aquela era época que nos perdíamos em nossos delírios
E todos tão surreais como agora, de repente não me perco mais em seu sorriso
Os olhares são entrecortados, e os delírios todos temporários
E me pergunto é uma fase?
É um pesadelo moldado em minhas mãos?
Preciso acordar, não posso deixar que se realize
Meus motivos são tão nobres, encantei-me com cada gesto teu
Realizei-me em cada fantasia tua, suspirei de saudade a cada despedida
A cada reencontro me encontrei junto aos meus sonhos
Tão doces quanto a sua voz ressonando em meus ouvidos
Como um sussurro imaginário, como se o mundo fosse de fato meu
Não o tempo todo, mas por aquele instante
Que teu corpo se moldava ao meu, suor, lágrimas
prova do quanto causávamos um ao outro.
E do quão intenso era o fator AMAR
E eu não posso deixar isso partir
Descubro que te amo a cada troca, a cada farpa, reflito
Não posso deixar isso partir...
Não por agora, não por amanhã, e talvez nunca
Como se nunca pudesse existir,
E nunca seria igual não te ter
Talvez um amanhã...