E quando pensava em desistir
Largar tudo e fugir
Via o olhar da mulher amada
A lhe sorrir num verde oliva
Sentia sua alma leve, cativa
E não seguia aquela estrada

Ficava hipnotizado, absorto
O coração num conforto
Pulsando lento e apaixonado
O olhar da amada era a prisão
Que revelava a doce emoção
Do sentimento aprisionado

Se asas tivesse nesse instante
Voaria para os braços da amante
Pousaria em seu colo-abrigo
E revelaria os íntimos desejos
Com palavras, atos e manejos
Explodiria em prazer contigo...

Se pudesse sentir o gosto
Acariciar o corpo, o rosto
Da moça de olhar tristonho
Falar suave em seus ouvidos
Como foi bom ter te conhecido
Pois, hoje habitas meus sonhos

Mesmo querendo esquecer
Ama o poeta esse ser
Resplandecente anjo dourado
Como é triste o amor impossível
Invadindo seu coração sensível
Ah, se estivesses ao meu lado...