Fêmea
A sua boca morna que balbucia
Palavras gemidas e sem nexo,
Faz a noite que parecia muito fria
Ser aquecida pelo calor do sexo.
E assim teu corpo me entregas
Sem pudores dizes nomes feios,
As tuas intimidades tu esfregas
Numa forma plena e sem receios.
Ela que se comporta feito donzela
Sabe ser mulher e sabe ser dama,
Mas se transforme numa cadela
Quando se deita em minha cama.
Ela deixa de fora os seus medos
Transpira todos os seus desejos,
Me desvenda assim os segredos
Na magia oculta dos seus beijos.
Na explosão derradeira do sexo
Todo meu fluído derramo por ela,
Prisioneira dentro do meu amplexo
Jamais tive fêmea assim tão bela.