OS FIOS DO INFINITO

Deitados juntos ao céu, os amantes sonham

Com o amor, abrindo a porta do infinito,

Perdendo os corações que dormem junto

Com a paixão, fazendo a música da lua

Com suas vozes de perfume e flor.

Uma claridade mística cobre os seus olhos

De um azul inacessível.

Tudo embriaga e evoca horas absurdas.

Tudo é exaustão encantada.

E ali, naquele instante quase mágico,

À beira do nada, os fios do tempo

Dobram lentamente, tecem poemas,

Bordam palavras, arrematam a eternidade.

Karla Bardanza

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