Cacos de Vidro

Quando me apaixonei por teu sorriso,

Na mesma noite, tive um quase-sonho:

Abria um mar de vidro,

Entrava no teu mundo,

E cacos de amor cortavam fundo.

Eu, já desacordado, achei meu rumo

Na força lancinante do teu beijo.

Hoje eu (de um ego imenso!)

Envolto em teu silêncio,

Me calo e me entrego ao teu desejo.

E quando o amor-rotina entrar em cena,

Transformando em prosa livre este poema,

Que o sonho vire lenda,

E os cacos virem taças,

Brindando o amor que, enfim, valeu a pena.

(João Macambyra)

João Macambyra
Enviado por João Macambyra em 03/04/2010
Reeditado em 01/02/2018
Código do texto: T2174910
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