INVERDADES
No sepulcro horizontal do dias
Uma Estrela cai
Indefesa
Prisioneira
Despida do medo
Minguada de afago
Desvendada do olhar
Suplicando Segredo.
Não, não era estrela
Meteoro era
Cavalgava o céu
Chispando esperança
Colhendo presságios
Da foice da vida bem-dita
Da fé que nos dá boas vindas
Aos sonhos sonhados.
Não, não era meteoro
Delírio era
Um vácuo de luz
Mas se fosse imaginação
Paixão seria
Pois só aos loucos
E aos incautos amantes
A vida ensina o segredo da vida
Em lágrimas de desilusão.
Não, não era delírio
Era a luz dos teus olhos
Bem sei que teus olhos eram
Pois o sal da saudade
Bebi no sumo da tua boca
Em tolas promessas de amor.