INVERDADES

No sepulcro horizontal do dias

Uma Estrela cai

Indefesa

Prisioneira

Despida do medo

Minguada de afago

Desvendada do olhar

Suplicando Segredo.

Não, não era estrela

Meteoro era

Cavalgava o céu

Chispando esperança

Colhendo presságios

Da foice da vida bem-dita

Da fé que nos dá boas vindas

Aos sonhos sonhados.

Não, não era meteoro

Delírio era

Um vácuo de luz

Mas se fosse imaginação

Paixão seria

Pois só aos loucos

E aos incautos amantes

A vida ensina o segredo da vida

Em lágrimas de desilusão.

Não, não era delírio

Era a luz dos teus olhos

Bem sei que teus olhos eram

Pois o sal da saudade

Bebi no sumo da tua boca

Em tolas promessas de amor.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 30/08/2006
Reeditado em 30/08/2006
Código do texto: T228904