À espera

porque de ti não tenho, amada,

olhos e zelo pelo sentimento meu;

porque de ti não tenho, mulher,

a dádiva da tua presença por companhia;

porque de ti não tenho, amiga,

a mão segura e a palavra que conforta;

porque de ti não tenho, pessoa,

fraterna solidariedade;

não esperando que entendas,

nem que atendas,

mas quem sabe por compaixão,

vontade ou razão, compreendas,

te peço:

qualquer dia,

quando e se de alguma forma,

qualquer forma,

algo de mim quiseres,

qualquer coisa,

procura-me!

Até lá, calo...

e sinto.

Dreyf Gonçalves
Enviado por Dreyf Gonçalves em 08/06/2005
Reeditado em 09/06/2005
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