EU
Eu querendo ser o toque de telefone que alguém anseia atender,
Querendo ser a boca sempre pronta p/ seus beijos receber
Eu de mim ausente nessa realidade que se faz cada vez mais demente, vivo a me perder nessa busca latente de ser par.
Eu sozinha, eu sem carinhos p/ me perder ou p/ sonhar.
Eu imaginando paixão, enclausurada em solidão, presa sem prisão a me cercar...
Eu inconsciente, inconseqüente até tento novamente a alma entregar
Mas me engano e me desfaço e acabo sem abraços, me fazendo em pedaços, tantos que já nem posso me quebrar...
Eu que a ser “ nós “, continuo a tentar, e tentar, e tentar
Sem amargura, sem rancor, senão já não teria o mesmo valor
Eu que mato o tempo, pensando em outras coisas, mas continuo procurando por amor por aí
Eu estou esperando por um dia novo, esperando que qualquer coisa menos cinza esteja realmente e rapidamente por vir.