EU

Eu querendo ser o toque de telefone que alguém anseia atender,

Querendo ser a boca sempre pronta p/ seus beijos receber

Eu de mim ausente nessa realidade que se faz cada vez mais demente, vivo a me perder nessa busca latente de ser par.

Eu sozinha, eu sem carinhos p/ me perder ou p/ sonhar.

Eu imaginando paixão, enclausurada em solidão, presa sem prisão a me cercar...

Eu inconsciente, inconseqüente até tento novamente a alma entregar

Mas me engano e me desfaço e acabo sem abraços, me fazendo em pedaços, tantos que já nem posso me quebrar...

Eu que a ser “ nós “, continuo a tentar, e tentar, e tentar

Sem amargura, sem rancor, senão já não teria o mesmo valor

Eu que mato o tempo, pensando em outras coisas, mas continuo procurando por amor por aí

Eu estou esperando por um dia novo, esperando que qualquer coisa menos cinza esteja realmente e rapidamente por vir.

direitos reservados Nadia Luz
Enviado por direitos reservados Nadia Luz em 02/09/2006
Reeditado em 02/09/2006
Código do texto: T230750