Fantasia
Ela era a fantasia daquele homem.
bruto e sem trejeitos. Pobre coitado!
Vestia ela sempre vermelho combinado
com seus carnudos lábios.
Requebrava no olhar de lagatixa ao
traçar sua presa.
Rodava a bolsa e trocados choviam dentro dela.
Certo dia se embarraram, e ele
de euforia soltou um gemido agudo
e a sufocou nos braços fortes de músculos.
Houve apenas um silêncio na calada madrugada.
Despidos se renderam aos movimentos bruscos
e puderam trocar carícias ousadas... mais que nada.
Mas a paixão bruta arrebatou o coração da menina
E ela ficou estendida no chão no seu vestido mais vermelho.
Ele se foi num assobio feliz e dobrou a esquina.