Eterno!
Quando somos pequenos, pensamos que o mundo gira em torno de nós,
Conforme vamos passando pela vida,
Encontramos pedras, rios, brisas, flores e sentimentos,
Adolescemos!
Então achamos que o que passamos é o mais importante de tudo,
Que este saber acumulado nos dará sustentação para viver eternamente,
Continuamos a passar por pedregulhos, grandes ondas, jardins, vendavais e amores,
Viramos adultos!
Então percebemos que com as pedras e pedregulhos construímos muralhas,
Com as águas passadas irrigamos a terra fértil para as plantações,
As flores e os jardins bem cultivados nos trazem os pássaros,
A brisa e os vendavais refrescam e limpam o pó das expectativas,
E os sentimentos aliados aos amores nos tornam sensíveis a nós mesmos.
Envelhecemos!
E nesta maturidade aprendemos que:
As muralhas caem!
As plantações se renovam!
Os pássaros migram!
As expectativas evoluem!
Mas o amor se eterniza.
Aprendemos a valorizar alguns lapsos de vida como:
Os instantes de ternura,
Quando encontramos a nós mesmos,
Ou abrimos a alma para a luz entrar.
Quando nos entregamos de olhos fechados,
E sentimos o conforto do nosso próprio abraço.
Assim aprendemos a ter consciência do que é eterno.
Envelhecer não é ficar velho!
É adquirir conhecimento de si mesmo,
É aprender a ficar de bem com a vida,
É se sentir a vontade no seu próprio eu,
É não ter idade para contar,
Mas ter sabedoria nas horas difíceis.
É ter coragem de chorar e sorrir.
É ter consciência de que se é eterno e infinito no que se vive!