VELA VERMELHA

VELA VERMELHA

A nudez das palavras te assusta.

A minha liberdade fechou a tua prepotência.

Resta um mistério dolorido, e o

meu corpo dessarumado.

Mas, no fascínio deste tango que

não dançámos, ouvirás os acordes duma paixão

soltando-se na noite dos infieis.

Serei eu a DEUSA a descansar

na folhagem da tua sombra, e nos teus

abraços vazios de paixão.

E no florir de mais um dia, passo por ti

sem te olhar, e dos teus olhos cairá uma lágrima

que vai chorar por dentro dessa pele ressequida

da tua existência mal amada.

Os gestos vazios de sentindo serão a

companhia nas tuas noites nos lençóis brancos

e das paredes que falam da minha nudez.

Não te conheço mais no espelho da minha

imagem, não sinto mais o ritual dum orgasmo sem nome...

Apaga a vela vermelha, o filme acabou...

POETISA DA SAUDADE

amaliapoemass
Enviado por amaliapoemass em 09/10/2006
Código do texto: T260457
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