Iemanjá vem salvar Ogum

Foi um sonho em batalha no meio da tormenta e da tempestade

Esquivado do calabouço medieval criado pela vaidade

Onde lutei bravamente como guerreiro do ferro, da justiça e da verdade.

Não havia fuga entre a fera e a corrente

Foi uma luta viril e vigorosa cruzando rios e planícies sob o sol inclemente

Com golpes certeiros, minha espada castrava o ódio dos olhos estampados impunimente.

O céu escureceu.

A água turva do rio desceu.

Banhou as terras e na areia do mar amanheceu

Cansado e tomado pela ira da guerra

Deixei minha lâmina afiada pousada sobre colo da Serra

Meus olhos marejados eram a expressão da dor. Havia sido uma noite infinita.

Roguei aos anjos uma guarita, porque meu peito ardia e minha fala não se abria.

Ao redor da tua cintura, temendo o fim, abracei-a com minha mão fria.

Ondas azuis e o mar calmo

No meu peito um peso dilacerando-me como alvo

Até sentir seu abraço sincero me fazer sentir são e salvo

Deixei o campo de batalha e dele fui mais forte

Correndo para o sol na direção norte

Depois de guardar minha espada e não desejar mais a morte

Para viver novo caminho e desfrutar eternamente da minha sorte

Afinal, enquanto eu dormia.

Você já existia

Guiberto Genestra
Enviado por Guiberto Genestra em 24/11/2010
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