AUGUSTA EXISTÊNCIA

AUGUSTA EXISTÊNCIA

No paroxismo das minhas algias, clamei

Ao mundo no afã de esta cruz me livrar,

Ninguém ouviu o meu bramido, pensei:

Mais um crepe que tenho que surportar.

Caminho torso que para mim foi traçado,

Cheguei a lassidão de contra ele pugnar,

Esperança de um coração estraçalhado,

À felicidade plena de um dia a encontrar.

Sou vítima sentida desta vida passageira,

Não quero mais os átimos da escuridão,

Revezes beluínos que, de certa maneira,

Fizeram vendavais com a minha paixão.

Perene tristeza é a minha companheira,

Augusta existência é a minha pretensão!

Rivadávia Leite