Reconquista
O amor só sobrevive
Se reconquistado a cada dia.
Abre-se o sol pelos campos verdejantes
E secos. Caminha o sol pelos prados
E difundi a mão dourada do mar
Pelos regatos, pelos boqueirões..
Ah! Toda borbulha que surge edifica rios
De mágicas... — E só.
Porém o amor só sobrevive
Se reconquistado a cada dia.
Nasce a lua e abre os braceletes
Dos meus punhos.
Diagramo-me por ambientes
Recheados da tua Forma.
Tudo é aleive! Aleive
Do luar, no entardecer tenebroso.
Não consigo te achar, não consigo te pegar...
Só — na era tranqüila, solto-me do acalento...
Que para além da estação me desvia.
Só — na escuridão, permaneço
Auferido e abrolhado.
Porque o amor só sobrevive
Se a cada dia for reconquistado.