Dois corações

São dois corações atrelados

São dois corações apaixonados

Talvez pela mesma aurora,

Que vivem no mesmo lar,

Que bebem os mesmos desejos,

E respiram o mesmo ar.

Presos como o peixe no anzol.

Com as duas guelras pegadas

Com as nadadeiras no atol

Como um casal de pombinhos,

Como o bando de pardais

A revoar pela vida.

Bem como o olhar vibrante,

Que em brilho se olham e se amam

A beleza da vida qual natureza santa...

Preparando-se para a felicidade,

Como o fogo no mês de agosto,

Queimando às manhães ensolaradas.

Se tivessem tidos condições

E algumas intermináveis três-marias

Existirssem, como a água no ribeirão.

Presos a alegria do sonhar

Seguindo a longa estrada de chão,

Na verde esperança do amor!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 07/12/2006
Reeditado em 07/12/2006
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