solidão incerta

Ocultas no rosto uma solidão incerta, molhando as faces na gota fria do azul dos olhos. Gravitas no vértice dos “por quês” sem saber como escalar os cimos das serranias, fechando-se numa cavidade onde estão jacentes os mais recônditos segredos do coração. Não te detenhas no ciúme enfadonho, na inveja tola ou na desconfiança vã... antes, confia... O tempo é uma celeridade... Somos gaze de neblina, mas podemos ser vigorosos como moles rochosas à beira-mar. Olhe bem nos meus olhos de ônix, note-lhes a profundeza, sinta o carrossel dos sonhos que ainda viveremos no afã de sermos felizes, compartilhando nossas vidas, lado a lado, amando-nos com parcialidade por toda a eternidade...

05/12/2006.

Júlio Sampietro
Enviado por Júlio Sampietro em 08/12/2006
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