VARANDA



Na varanda aberta me deitei
Um aroma a brisa fresca me presenteou
Adormeci e contigo sonhei
Preciosa vida então nos ofertou,
num lugar todo esotérico
o brinde de um luar feérico

Não caminhávamos, levitávamos
e eu, antes descrente,virei crente
Longe dos malefícios cantávamos
os males da vida estavam ausentes
Presente mesmo só a bela pintura
das liras de almas tão puras

Naquela varanda,tão conhecida,
não imaginei sonhar em colorido
Assim estivéssemos em Passárgada,
cheios de amigos e campos floridos
O poeta, a sorrir, nos recebendo.
Estou delirando mais do que dormindo