coração, coração...

nas faixas do crepúsculo, suspende-se...

em asas de silêncio, vôa na melancolia,

jardins profundos;

em cintilantes estrelas, ilumina-se de esperanças,

vôos frágeis dum tempo acabado...

na euforia da posse, na permanência do corpo,

lateja verdades, eróticas renuncias;

na seiva dos deuses, na constância batida,

transborda de lábios, gargantas fundas...

corre, vôa, vibra, alcança torrentes, emoção,

na espera que cansa dedilha a solidão...

no extase do mergulho, no odor do sexo,

vive cada declive, o ágil complexo, bafo que sobrevive...

nas faixas do crepúsculo, suspende-se...

em asas vôa alcances indeterminados,

fim de fins, rumos esperados.