E o teatro fechou suas cortinas, e me deixou fora

hoje acordei com uma vontade de chorar, mas logo vi que seria difícil conseguir, queria um olhar sincero, uma mão suada, um olhar de despedida, isso sim me fazia de lágrimas.

Gostaria de deitar no asfalto, sem nenhum carro chegando, fechar os olhos e pensar só em mim, colocar o ouvido no chão, e ver o que o mundo inteiro tinha pra me dizer agora.

Meu corpo cansou, meus lábios, ouvidos, e coração estão destruídos, por tudo o que já senti, por todas as declarações que já ouvi, pelos planos que menti. Gostaria que tudo isso acabasse e eu continuasse pensando em mim, só em mim, pois hoje páro e percebo que não me conheço, que não sou forte, que me desfaço fácil, e que as experiências que tive foram tão mínimas que não me servem num mundo quase adulto. Amanha sou gente grande, com os olhos de uma criança, que ainda acredita, e se emociona quando vê um grande sentimento à frente. Pobre de mim, gritaria ao mundo se não estivesse tão escuro aqui. Eu preciso de alguém, e não pode ser qualquer alguém, e meu medo é que esse alguém nunca exista.

Capitão Lemmon
Enviado por Capitão Lemmon em 08/01/2007
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