A distância

Que a nostalgia delineia teu completo limite é preciso

E a brisa, levemente só teu apropriado perfil,

Um frisson em teus cabelos a ocasião deposita...

Que detecte tua presença é preciso

No vento, no trevo amarrotado, habilmente,

Desde há muito esquecida nas folhas do alecrim

Por quem, por alguma causa distante, não se sabe...

Mas que seja, é preciso, como abrir uma vidraça

Serena e alegre, e no ar, respirar-te.

Para algo eu sentir é preciso a lembrança.

Sinto-a - em mim - no aspecto da mística vida...

Mas, ao surgires és multíplice e inesperada

Jamais te pareces com a tua fotografia...

E para ver-te é preciso concentrar-se...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 09/01/2007
Reeditado em 10/01/2007
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