NOSTALGIA (II)

Perco-me nas entrelinhas de labirintos sombrios

Tentando encontrar as saudades dos sonhos perdidos

No meu País de lendas infinitas e egos vazios

Que chora as mouras encantadas por guerreiros feridos.

Quantos lamentos quantas pétalas de rosas

Quanta ansiedade nas flores desabrochadas

Quantas jóias eu tive... minhas pedras preciosas!

Que se esfumaram por entre os dedos, esmagadas.

Inspiro-me na luz do sol e respiro o luar

Aspiro a natureza em violetas de esperança

Ambiciono o azul que gira no céu sem par

Como mutantes povoando mentes de criança.

Minhas asas, cavalgam num ‘Pégaso’ alvo e negro

Derrotando a Quimera com pássaros azuis

Escutando Ravel ao ritmo dum Allegro

Perdidas nas águas estagnadas dos pauis.

Visto-me de giestas floridas na madrugada

Enfeito-me de esperanças em caudais de calmaria

Entrego-me aos silêncios serenos da alvorada

No destino de lilases sorrindo à nostalgia.

By@

Anna D’Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 15/02/2012
Reeditado em 08/07/2013
Código do texto: T3500079
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