Da desnecessária lógica da vida

Ela não sabe o que é lógica

Preocupou-se em saber

Infelizmente, se contorceu por desconhecer

Procurou outra para descobrir

Coisa mais linda...

Na verdade não deve existir lógica

Para que pensar nela?

É possível viver longe dela...

Eu e ela,

Ela e eu.

Com a existência ou da inexistência da lógica,

Dobrei-me à dor do desconforto por exigir saber do que mesmo eu não desejo conhecer

Somos vítimas, algozes, lutadores em uma vida da qual a amizade é a maior conquista

Sabe o quanto lhe quero e a desejo bem.

Das desculpas que lhe peço

através das lágrimas que não vê

Da alma triste que não percebe

Do carinho sem limites que anseio em oferecer...

Resta o duro golpe da impotência

Do tempo que não posso recuperar,

Consertar ou ajeitar...

Infelizmente, não sou Deus...

Desculpe minha humanidade

A “lógica” de minha impaciência,

ansiedade e insegurança de uma singela vida,

da qual pouco ou nada faz sentido.

Das duras palavras de um simples e diletante homem,

Nada se recupera quando o espelho da alma se quebra.

Dos estilhaços da amizade antes construída na cumplicidade

Rogo-lhe o perdão, as desculpas sem fim, e o cheiro bom do seu abraço e da leve convivência que sempre me proporcionou.