Namoro
Namoro
A rádio toca baixinho,
Uma musica romântica,
Eu procuro o caminho
De uma forma quântica.
Olho-te de soslaio,
Gosto do teu rosto bronzeado,
Distraio-me, quase caio,
Fico assim meio envergonhado.
Tu sorris, de forma trocista,
Talvez me julgues um idiota,
Mostras-me a capa da revista.
Eis que uma brisa se solta.
Reparo que é tua a foto,
Atento melhor no modelo
Tua saia sobe, coras, bem noto,
Vermelho é agora teu rosto belo.
Envio-te um beijo pelo ar,
Sorris, já não tão trocista,
Não pode ser, tenho de estudar,
Não te quero perder de vista.
Caminhas direito a mim,
Agora sou eu a corar,
Vens, sensual, nesse jeito assim
Com que me farás apaixonar.
Esqueço os estudos, é a química,
Não a das formas complicadas,
Mas sim antes aquela física
Que deixa as pessoas apaixonadas.
Convido-te a sentar,
Afasto o monte de papel,
Nem precisas te apresentar,
Sei que te chamas Isabel.
Deixas-me tão encantado
Que não hesito e arrisco,
Sabes, estou apaixonado
E meu nome é Francisco.
Isabel e Francisco, lindo par,
Juntos na universidade da vida,
Por acaso se deixaram apaixonar,
No meio de tanta fórmula esquecida.
Francis Raposo Ferreira