O ocaso de um olhar
Havia nos olhos dela a paixão
Feito um oceano imenso
Mas entre os opostos há uma colisão
Que machuca todo e qualquer senso.
Aqueles olhos mostravam o amor
Com tamanha força e intensidade
Que apesar de tanto ardor
Aqueles olhos esqueciam-se da felicidade.
Aquele olhar expunha amor eterno
E a face resplandecia diante do sentimento
Porém, no verão, ela vivia um inverno
Por não poder realizar o seu pensamento.
Amor sincero jurava ao seu amado
Para ela um ser mais que especial
Contudo, este ser idolatrado
Não poderia referendar-lhe o amor sensacional.
Lágrimas rolaram daquele olhar
E tornou-se rubra sua alva face
Desde então, como as noites sem luar
Ela se entristeceu devido a este impasse.
Um dia, pois, como o ocaso, se calou
E seus olhos desceram feito o sol ao entardecer
No entanto, ainda sorriu para quem amou
Levando consigo o amor para outro amanhecer.
Cícero – 26-11-2000