O ocaso de um olhar

Havia nos olhos dela a paixão

Feito um oceano imenso

Mas entre os opostos há uma colisão

Que machuca todo e qualquer senso.

Aqueles olhos mostravam o amor

Com tamanha força e intensidade

Que apesar de tanto ardor

Aqueles olhos esqueciam-se da felicidade.

Aquele olhar expunha amor eterno

E a face resplandecia diante do sentimento

Porém, no verão, ela vivia um inverno

Por não poder realizar o seu pensamento.

Amor sincero jurava ao seu amado

Para ela um ser mais que especial

Contudo, este ser idolatrado

Não poderia referendar-lhe o amor sensacional.

Lágrimas rolaram daquele olhar

E tornou-se rubra sua alva face

Desde então, como as noites sem luar

Ela se entristeceu devido a este impasse.

Um dia, pois, como o ocaso, se calou

E seus olhos desceram feito o sol ao entardecer

No entanto, ainda sorriu para quem amou

Levando consigo o amor para outro amanhecer.

Cícero – 26-11-2000

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 14/09/2012
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