Minha arma é a Poesia

Não pensem calar-me

Qual flor, egoisticamente colhida,

Perco pétalas uma a uma.

Enfrento nova corrida

Como se não perdera nenhuma.

Qual pássaro, por tiro ferido,

Ameaço não me suster.

Ainda não me pensem vencido,

Tenho forças para sobreviver.

Qual peixe, na ponta do anzol

Batendo por me soltar.

Acredito que, amanhã, o sol

Nascerá para me animar.

Qual toiro, sangrando na arena,

Não temo meu carrasco.

Não pensem tirar-me de cena,

Por meus ideais, luto e me arrasto.

Qual soldado, na guerra mutilado,

Revolto-me contra a hipocrisia.

Ninguém me pense ver calado,

Tenho minhas armas na poesia.

Francis Raposo Ferreira

FrancisFerreira
Enviado por FrancisFerreira em 27/09/2012
Código do texto: T3904168
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