Coração de Poeta
Coração de Poeta
No silêncio da minha solidão,
Só ouço o bater dos ponteiros,
Deste relógio de meu coração,
Mais fiel de meus companheiros.
Eles me vão marcando a hora,
Dando-me sinais de alerta,
Não há como deitá-los fora,
Fazem de meus desvios, uma recta.
Se sinto um baque mais forte,
Prometo que vou ter cuidado,
Afinal, todos tememos a morte.
Enganei-o, não ele está à espreita,
Traz-me sempre bem vigiado,
Conhece bem este viver de poeta.
Francis Raposo Ferreira