Coração de Poeta

Coração de Poeta

No silêncio da minha solidão,

Só ouço o bater dos ponteiros,

Deste relógio de meu coração,

Mais fiel de meus companheiros.

Eles me vão marcando a hora,

Dando-me sinais de alerta,

Não há como deitá-los fora,

Fazem de meus desvios, uma recta.

Se sinto um baque mais forte,

Prometo que vou ter cuidado,

Afinal, todos tememos a morte.

Enganei-o, não ele está à espreita,

Traz-me sempre bem vigiado,

Conhece bem este viver de poeta.

Francis Raposo Ferreira

FrancisFerreira
Enviado por FrancisFerreira em 27/10/2012
Código do texto: T3954511
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