despedida
DESPEDIDA
Na nossa despedida eu percebi o quanto
o adeus é tão doido,difícil, tão patético
que no seu ombro o mais terrível pranto
eu derramei, é claro não foi nada poético
não há mesmo poesia na separação
enquanto o retorno é tão frenético
a partida é o "adoecer" do coração
é a dor, é UTI , é o rimar sem métrica
é o errante sem abrigo, sem guarida, só
é ter na garganta um apertado nó
é se despedaçar é perder a esperança
é o mundo desabar, é o cataclisma
é perceber que perdeu, que não é cisma
é querer voltar a ser uma criança