despedida

DESPEDIDA

Na nossa despedida eu percebi o quanto

o adeus é tão doido,difícil, tão patético

que no seu ombro o mais terrível pranto

eu derramei, é claro não foi nada poético

não há mesmo poesia na separação

enquanto o retorno é tão frenético

a partida é o "adoecer" do coração

é a dor, é UTI , é o rimar sem métrica

é o errante sem abrigo, sem guarida, só

é ter na garganta um apertado nó

é se despedaçar é perder a esperança

é o mundo desabar, é o cataclisma

é perceber que perdeu, que não é cisma

é querer voltar a ser uma criança

dezinha
Enviado por dezinha em 02/08/2005
Código do texto: T39716