MÃE

Como uma flor, sua verdade materna.
Sua verdade rude, de amargo-doce.
Aparência, sua verdade simplificou-se
Numa notável disposição duradoura

Como uma flor, como uma pétala, desatou-se
Nela o íntimo tesouro, o fogo interno
Do amor em que sempre se ardeu
Seu rosto que ora desfaz-se com a idade.

Como uma pétala, como uma rosa, um diamante.
Como uma pluma, como o que é emoção e chora
Sua verdade seca de mulher potente de agora

Isto expõe sua calma aos ouvidos
Num austero protesto de guerra
Uma inabalável afirmação pela vida.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 02/08/2005
Reeditado em 08/08/2005
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