Os deuses dançavam de alegria

A roda do tempo girou, girou

e os planos feitos desmanchou

Ah, quem faz os planos é mesmo a vida, poderosa

Mas um duende matreiro driblou o destino traçado

e a mágica presença fez surgir.

Na terra abriu-se um céu azul inominável

o sol brincou de esconde-esconde com as nuvens

Os sinos badalaram, todos de uma só vez

Os anjos entoaram cantos infinitos

O coração viu chegar a imagem própria da paixão

E a sintonia foi uníssona...

A energia fluiu, refletiu

e um novo caminho se desenhou

sendo abençoado por todos os santos

A luz do olhar roubou o brilho das estrelas

transformando-se num feixe de emoções

O sorriso foi perpetuado na alma

A espontaneidade liberou-se num redemoinho de cores

e um arco-íris infinito invadiu a aura...

O ser finalmente percebeu que o mundo era só dele

e voou leve por entre os sonhos, enlouquecido

Distraído, deixou o amor chegar

Na noite, os deuses dançavam de alegria.