Uma noite clara

Foi numa noite clara, eu me lembro

Quando o luar se espalhava pelos campos

Ela repousava adormecida no divã.

Era uma diva, uma ninfa, uma deusa?

Quem no planeta

Produziu tal realeza?

Só sei que ela tinha em si a natureza

Porque a noite clara

Era mesmo uma manhã.

Vendo assim o corpo a respirar

Sugando o ar suavemente como a pluma

Eu tive ganas de beijá-la por inteiro

Mas me contive, não por medo

Ou por receio

É que a beleza assim adormecida

Como se fora o reflorir

Do recital da vida

Tolheu-me tudo ainda por dizer

E recolhi-me sem dizer-lhe os meus segredos.

Cabo Frio, 14/01/2013

Olympio Ramos.

Olympio Ramos
Enviado por Olympio Ramos em 14/01/2013
Reeditado em 23/01/2014
Código do texto: T4084315
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