Apenas uma rosa vermelha...

Apenas uma rosa vermelha...

Tere Penhabe

Não dá mais para negar e eu nem quero

entrego-me com prazer pelo meu delito

amar... amar... amar é sempre tão bonito

condenem-me por favor, a mil anos de amor!

Com sorte, a minha pena se prolongará

estarei aqui por muito tempo ainda

de mãos dadas vamos passear, rir e sorrir juntos

sob o por do sol, quero te amar muito...

Também no silêncio das madrugadas, desvairados

correndo na areia sob a chuva fina de verão

parando para te abraçar, ouvir teu coração

saber que não é um sonho, nem ilusão...

Não invejarei mais as gaivotas, sentirei tua mão

tocando meu corpo com carinho, feito um mimo

e o tocarei também certeiro, pelo corpo inteiro

com a ternura e selvageria que só os amantes são capazes.

Apenas o mar por testemunha, o meu antigo parceiro

ele abonará todas as nossas loucuras, com certeza

jogaremos nas ondas, para Iemanjá, nossas rosas

as pétalas de dores que amealhamos no destino.

Venha logo amor, preciso pagar e é urgente

nada pode ser mais importante, mais premente

do que ser condenada eternamente ao teu olhar

à pena voluntária de muito te amar!

Traga-me apenas, a minha cobiçada rosa vermelha

tudo o mais nós teremos, aos turbilhões ou centelhas

prendas do amor que conquistamos sem querer

mas não me deixe esperar muito, por favor... pode ser?

Santos, 13.03.2007... uma manhã radiante no litoral...

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