AI DE MIM QUE TE AMEI!...

Virastes o olhar e me vistes, 
cheia de graça, iluminada,
vestida de luzes e versos, 
transbordando paz e alegria!

Egoísta, sem pudores,
me arrancaste do meu chão,
dobraste minha alma,
aprisionaste meu coração...

Faminto de sentimentos!...
Esgotaste minhas riquezas,
desperdiçaste meus perfumes, 
apagaste minhas cores!...

Ladrão, sem limites!...
Roubaste meus sonhos, 
minhas ilusões,
para depois me jogar 
na vala comum dos enganados,
dos desabrigados de amor,
dos que naturalmente crédulos 
e, por amor, caminham...

Desprovidos de maldades, 
fáceis de enganar...
e, ainda assim e mais uma vez,
viras o olhar, mas desta vez
para não ver, ignorar
o caos que deixavas para atrás....

(s/coreção)
18/03/2013
SP_Brasil