E A VIDA

...e a vida

da minha carne,

parou nos dias

da paixão última.

Fui rasgada

como um vestido

surrado,

olhada como um

farrapo,

desprezada

como restos de comida.

Meu batimento cardíaco

enfraqueceu,

as cores se perderam

na praça

da minha motivação...

E de lá p'ra cá ,

não houve ressurreição.

O que vi

no interior do pensamento,

foi a total distorção

do tal amor,

hoje atrofiado,

tornando a vida

do meu sonho

apenas um rio seco,

sob um céu danificado.