NOITES DE SERENATAS

Noites de serenatas, tempos idos que pranteiam,

Magistrais menestréis com suas modinhas ao luar,

Violões sonoros com seus belos acordes deleitam,

Fascinantes donzelas que se faziam ouvir e cantar.

Valsas fagueiras eram poemas de encantamentos,

Sob o breu da rua escampada, versos a declamar,

Momentos romanescos de regozijos e acalentos,

Em noites olentes e orvalhadas à seresta aclamar.

Janelas se abriam para escutar o canto melodioso,

Dos trovadores com seus soantes pinhos a dedilhar,

Fulvos raios lunares aplaudiam em gesto afetuoso,

As madrugadas frias e calmas do seresteiro a trovar;

Expressão do romantismo em espetáculo suntuoso,

Das líricas cantigas de amor, sempre hei de lembrar.