DESEJOS PARA UM ANO NOVO

Desejo a ti todo tipo de felicidade, ao soar da primeira hora deste ano seguinte que tu estejas a sorrir e a brindar com teus amigos e teus familiares, que te possam estar contando todas as peripécias do ano anterior e chegada a hora de se recolher não se recolha mas abrace com estes teus braços longos o sol que vem e se aproxima rápido trazendo a primeira manhã de um novo tempo repleto de oportunidades não tidas, de escolhas por se fazer, de obstáculos a superar, inimigos a vencer e de amigos que sempre te quererão bem não obstante a luz acesa ou apagada. Os raios de sol, ao tocarem tua pele mareada, possam realçar a esperança renovada e aqueçam as trevas que habitam na sombra do teu precipício, porque há trevas em tudo, na água que cai da cachoeira pro riacho, na onda que arrasta os galhos e as pedras na margem do rio, nos peixes mordendo o anzol ou se enroscando nas redes dos pescadores que chegam ao cais de tua cidade, talvez até nesse abraço que dás com um sorriso murcho de outras paradas que tens de deixar pra trás, pelo bem do sol que te ilumina, pelo querer da lua batizada; que então este novo ano não percas essa magia simples que tens esse jeito de cativar as pessoas, de com um único gesto organizar a energia no teu redor e render todos aos teus preceitos gentis, aos teus bons-dias e boas noites, aos teus olhos de pérolas negras, as tuas palavras de sabia ingenuidade, as tuas tolices recheadas de sabedoria, aos teus passos cheios de caminhos cruzados e aos cruzamentos de teus caminhos inexistidos, a poética doce desse teu não sentir, ao Carpe Diem que recitas na tua própria vida pois não és poetisa, és musicista, és desenhista dos teus dias, compositora das tuas canções, arrebatadora de punções brandas e hostis, o caos que te rodeia se acalma como na explosão da primeira vida os átomos se organizando e formando o universo que deu a luz a mãe de tua mãe antes de dar ao mundo a beleza do teu existir, a sutileza da tua alma. Para interpor um interlúdio nestas palavras que gostaria de dizer em silêncio estando ao teu lado, encerro com um pequeno desejo que pode exprimir toda essa poética, do qual eu sei que não és fã já que compus poemas secretos que nunca leste ou aprovaste e dos quais nunca tive nenhuma palavra de ti, embora saiba que se me deixasse levar um outro ano se passaria e não acabaria de falar tudo que tenho dentro do peito, que é infinito em amor por ti, que é leal aos nossos pactos mudos e será sempre amigo e dedicado a tua felicidade e se for possível a manutenção da tua companhia por mais breve que seja o melhor e mais infindável prazer me dá: seja mais feliz neste ano e nos próximos o mais até que o universo acabe!

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 31/12/2013
Código do texto: T4632101
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