INCONSEQÜENTE

Sinto-me perdido, por demais deprimido, a julgar a mim mesmo, por não ter me entregado, a um caso vivido, um amor proibido, que despertou minha libido, e que não assumi.....

Receando as cobranças que iriam me impor, me afastei sabedor, que esse louco amor, nunca iria esquecer, que de minha lembrança nunca iria apagar, os beijos tão quentes, nas entregas ardentes, no prazer que senti.....

Ainda trago em meu corpo, as marcas deixadas, das horas sagradas que com ela passei, onde entre quatro paredes, fizemos de tudo, esqueci-me do mundo, me entreguei, gritei, dancei, urrei, gozei, simplesmente amei......

Procuro indagar, mas não sei explicar, porque a vida faz isso com a gente, nos põe frente a frente, a uma forte paixão, reascendendo o tesão, nos faz delirar, com o desejo de amar, transformando em amante quem não pediu isso, mas se vê submisso, prostrado em desejos, à procura dos beijos, daquela que quer, que se faz mais mulher, e com suas carícias, lhe tira a razão......

E agora o que faço, pra tirar de minha mente, esse amor delinqüente, caso inconseqüente, que os preceitos morais não me deixam viver, ou assumo o papel, do assíduo amante, numa entrega constante, ou esqueço de vez, o que essa paixão me fez, mesmo sofrendo, de antemão já sabendo, que irei lhe perder......

sgtcardoso
Enviado por sgtcardoso em 31/08/2005
Código do texto: T46457