Coração de um prisioneiro

E dizem ser a esperança a última a morrer!

Mal sabem das condições de um apaixonado condenado.

Em meio às palhas no cárcere, entrevejo o temor viver,

E o devaneio do sorrir, tão longínquo, então devastado.

Ai quem diga! Ai quem diga sobre minha esperança,

O tal imortal sentir, rediviva fonte consoladora.

É como afirmar a velhice sendo apenas criança,

é como dizer que conhece o frio na brisa abrasadora.

Se minha esperança for de mim a última a morrer,

faça o favor, então, de meu coração esquecer.

Pois bem sei que tudo de mim poderão pra longe levar

Mas em minh'alma, de ti nada levam, pois há nela o meu imortal amar.

Juliana Pereira
Enviado por Juliana Pereira em 25/01/2014
Código do texto: T4663709
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