Senão, que prazer?

Oras! Senão, que prazer há vida sem o excesso?

Os beijos desentupidores de pia que enxarcam os lábios,

Transbordando-os em afeição?

As carícias exageradas, pretensiosas ou não...

A colheita antecipada dos recompensantes sentimentos teus?

Da vida tudo se tem de mais ou de menos,

O equilíbrio é raro, quiça desnecessário,

Afinal,

Ferimentos afetivos não são brinquedos em miniatura...

O bom mesmo é essa falta de equilíbrio,

Para quando em sintonia,

O prazer dos entreolhos,

Sejam excessivos palhaços trapezistas,

Em sua eterna calmaria.