APÓLOGO DA CAUSALIDADE

Imponente ventura, o que fazes da minha vida?

Deste-me este adverso sendeiro para eu trilhar,

Procedimento que pespegas esta norma vigida,

Aos cantos do mundo fazes em porfiado aplicar.

Momentos de revolta exasperada e descabida,

Possa eu um dia este pecado infausto resgatar,

Para que o mundo veja que toda alma sofrida

É razão prima para que possamos evolucionar.

Não vejo este orbe sob a ótica da casualidade,

Que o destino pode com boa exêgese explicar,

O livre-arbítrio fêz-me apólogo da causalidade,

Interligados somos pela conexão sem observar;

São leis que regem o universo da humanidade,

Império de um fadário que ninguém irá mudar.

Riva. 003

Rivadávia Leite
Enviado por Rivadávia Leite em 03/09/2005
Código do texto: T47265