APÓLOGO DA CAUSALIDADE
Imponente ventura, o que fazes da minha vida?
Deste-me este adverso sendeiro para eu trilhar,
Procedimento que pespegas esta norma vigida,
Aos cantos do mundo fazes em porfiado aplicar.
Momentos de revolta exasperada e descabida,
Possa eu um dia este pecado infausto resgatar,
Para que o mundo veja que toda alma sofrida
É razão prima para que possamos evolucionar.
Não vejo este orbe sob a ótica da casualidade,
Que o destino pode com boa exêgese explicar,
O livre-arbítrio fêz-me apólogo da causalidade,
Interligados somos pela conexão sem observar;
São leis que regem o universo da humanidade,
Império de um fadário que ninguém irá mudar.
Riva. 003