Fragrância
Se és digno do destino,
qual a sombra,
qual o som do olhar?
Escondeu-se nos sonhos
ancestrais de uma vida,
todavia,
sem margens de saudades,
sem silêncios de sentimentos,
fora do imaginário, fora do ar.
Beijo-te sob a luz da lua,
de todas as luas,
de todos os mundos...
Qual a sombra,
qual o som do olhar?
Destino infiel
que em meu peito vem reinar...
Se não é de verdade,
que verdade,
que verdade devo contar?
Conte-me agora,
se teu sonho é como meu...
se meu destino é como o teu...
Responda-me
se os versos são então,
a realidade que encontro,
ou uma fragrância em vão.