Vagando pelo infinito
 
Vejo em você a Estrela,
que sempre sonhei encontrar.
vagando pelo infinito,
vejo você, de mim se afastar.
 
A Lua brinca com o Sol,
você brinca com meu coração.
da Estrela tenho o brilho,
de você nem dó ou compaixão.
 
Ao amanhecer tenho o clarão,
do Sol amigo a me aquecer.
a noite ansioso, eu espero,
a Lua que não tarda aparecer.
 
A lua não veio, veio a chuva,
senti o frio invadir minha alma.
da solidão recebi um abraço,
ouvi as nuvens, pedindo calma.
 
Sob a chuva sentei-me a calçada,
as nuvens voavam pelo infinito.
ao longe clarões cruzam o espaço,
som de trovões abafam meu grito.
 
Meus olhos, sob a chuva choram,
lagrimas escorre pelo meu rosto.
juntando-se aos pingos de chuva,
que logo some nos ralos de esgoto.
 
Voltei meu olhar ao Céu nublado
 nada, nenhum sinal de melhora.
ainda se ouvia ao longe, trovões,
a tempestade, estava indo embora.
 
Eu segui meu caminho sem rumo,
o vento frio, gelou meu coração.
nada mais me importava, agora,
só me importava fugir da solidão.
                                                              
Volnei Rijo Braga
Pelotas; 17 / 07 / 2014