CASMURRA SOLIDÃO

Casmurra fuga da solidão que atormenta,

Não sei como dela eu vou desvencilhar,

Vontade sobejada, carpida, e tormenta,

Não há mais vereda em que possa trilhar.

Vivo só, fraqueira-mor do meu dinamismo,

Querendo da vida, equânime participação,

Algozes que me lançaram no ostracismo,

Seqüelas irreparáveis, algias no coração.

Esperança... quiçá o meu abstracionismo,

Mudança de vida, minha maior altercação,

Claudicante, por ser presa do ilusionismo.

Falsos amigos! Guardiães da ingratidão!

Deixaram-me no amargor do pessimismo,

Tragédia final de quem sofreu em profusão.

Riva. 009

Rivadávia Leite
Enviado por Rivadávia Leite em 12/09/2005
Código do texto: T49753